É comum associarmos tecnologia ao “novo” e idosos ao “velho”, e, de certa forma, ambos se tornam incompatíveis. Contudo, estamos ficando cada vez mais velhos, e este contexto demanda novas perspectivas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2050 um quinto da população do planeta terá mais de 60 anos. Em nível nacional, o Ministério da Saúde estima que até 2031 haverá mais idosos do que crianças entre 0 e 14 anos. O aumento da longevidade é uma realidade, e precisamos expandir o olhar para integrar os idosos com a tecnologia.
Sabemos que com o envelhecimento nossas habilidades sofrem modificações, e tarefas que antes eram simples tornam-se mais complexas. Estas barreiras fisiológicas, somada às dificuldades esperadas de adaptação, não devem ser empecilhos para que os idosos acessem a tecnologia, mas devem inspirar um olhar mais cuidadoso, que os inclua. E a inclusão já vem acontecendo: um levantamento da SeniorLab mostrou que até agosto do ano passado mais de 7 milhões de pessoas com 60 anos ou mais tinham contas no Facebook – o número é equivalente a um quinto dos idosos brasileiros.
As redes sociais possibilitam novas maneiras de interação com amigos e familiares, e o acesso a partir de dispositivos digitais promove a estimulação motora, além da estimulação cognitiva ao buscar informações, fazer leituras, assistir vídeos.
Mas a tecnologia também amplia as possibilidades de cuidados aos idosos. A exemplo disso, temos os rastreadores pessoais, sistemas de emergência, sensores de quedas e tantas outras ferramentas que promovem segurança e preservam a autonomia.
Não há dúvidas de que a tecnologia e a longevidade devem caminhar juntas na promoção de bem-estar e saúde.