Solidão (sensação subjetiva) e isolamento social (poucos contatos) não são só incômodos, mas aumentam o risco de morte em magnitude comparável a fatores clássicos de saúde. Meta-análises mostram que menor integração social se associa a pior sobrevivência.
Na graduação em Gerontologia da USP EACH, aprendemos a valorizar a dimensão social do envelhecimento. Não basta olhar para os aspectos clínicos: a rede de apoio, a participação em grupos e o acesso a interações significativas são componentes que podem prolongar a vida e melhorar a saúde mental de idosos.
Estudos estimam que 1 em cada 4 idosos relata solidão no mundo. Intervenções eficazes incluem atividades em grupo, apoio psicológico e uso da tecnologia para ampliar conexões sociais. Quanto mais significativo e recorrente o contato, maior o efeito positivo. Mas vale acrescentar: a solidão também se relaciona ao declínio cognitivo. Contudo pesquisas sugerem que idosos com redes sociais mais amplas têm menor risco de desenvolver demência, reforçando a ideia de que vínculos sociais são parte essencial da saúde cerebral.
Autoria: Breno Silva de Carvalho
Fontes: Nakou A, Dragioti E, Bastas NS, Zagorianakou N, Kakaidi V, Tsartsalis D, Mantzoukas S, Tatsis F,
Veronese N, Solmi M, Gouva M. Loneliness, social isolation, and living alone: a comprehensive systematic review,
meta-analysis, and meta-regression of mortality risks in older adults. Aging Clin Exp Res. 2025 Jan 21;37(1):29. doi: 10.1007/s40520-024-02925-1. PMID: 39836319; PMCID: PMC11750934. Hoang P, King JA, Moore S, et al. Interventions Associated With Reduced Loneliness and Social Isolation in Older Adults: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Netw Open. 2022;5(10):e2236676. doi:10.1001/jamanetworkopen.2022.36676
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